Sejam Bem vindos (as)

" O poder das palavras é ainda maior quando estas são ocultas.seu momento de serenidade é um momento de mudanças .sua revelação não é uma obra terminada .é apenas a construçaõ."

Ivy Lioncourt

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Soneto IV Alphonsus de Guimaraens

IV

Vagueiam suavemente os teus olhares
Pelo amplo céu franjado em linho:
Comprazem-te as visões crepusculares...
Tu és uma ave que perdeu o ninho.

Em que nichos doirados, em que altares
Repoisas, anjo errante, de mansinho?
E penso, ao ver-te envolta em véus de luares,
Que vês no azul o teu caixão de pinho.

És a essência de tudo quanto desce
Do solar das celestes maravilhas...
- Harpa dos crentes, cítola da prece...

Lua eterna que não tivesse fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...

Alphonsus de Guimaraens

Nenhum comentário:

Postar um comentário